Depois de percorrer mais de 370 km no extremo sul do Brasil, apresentamos o nosso novo desafio concluído com êxito: 384 quilômetros entre Palmares do Sul e São José do Norte, passando por Mostardas, Tavares e Bojuru.

Aqui no Rio Grande do Sul as praias mais frequentadas ficam no Litoral Norte, de Cidreira até Torres. São de fácil acesso para quem vem da região metropolitana e há toda estrutura para quem não dispensa um farmácia São João por perto. A concentração vista no Litoral Norte, somado aos que procuram a praia do Cassino em Rio Grande, produz um vazio nas praias que ligam estas duas regiões. Estamos falando do istmo de terra arenosa, dunas, plantações de pinheiros e cultivo de cebolas que se estende de Palmares até São José do norte, representada no mapa acima.

Desde 2005 nosso perfil de aventuras foi sendo moldado. Procuramos destinos que produzam uma quebra da rotina, uma fuga da zona de conforto. Foi assim que descobrimos que ao Sul de Quintão existem tanto praias de mar quanto de água doce que quase ninguém procura. Perfeito! Como diz a música "é para lá que eu vou!".

Nossos métodos também não são nada convencionais, basta observar a foto logo abaixo. Sim, um Celta sendo carregado com material de camping, víveres e quatro bicicletas! Todos os itens eram importantes e precisávamos encontrar um lugar para eles.

Claro que, nestas circunstâncias, as coisas não saem tão bem como imaginado. O transbike não suportou as três bicicletas e uma delas passou para o teto do auto, onde já tinha outra encaixotada. A foto abaixo foi retratada logo após a ponte de General Câmara.

Para tornar a viagem mais confortável, no Celta seguiram 4 tripulantes. O quinto foi de Viação União até Porto Alegre. Depois, em um ônibus lotado, até Capivari do Sul, o ponto de encontro.

Por mensagens SMS íamos nos situando no espaço e no tempo, e o dito encontro só foi acontecer no início da noite. O pessoal do auto disse que a ponte do Guaíba ficou duas horas interditada.

Não havia mais tempo para imaginar um restaurante aberto em Palmares, de maneira que jantamos por ali mesmo. Nestas circunstâncias, uma À La Minuta tem o seu valor!

Palmares dista apenas 14km de Capivari, o qual fizemos todos os 5 no auto. Para o acampamento em Palmares, o Boáz havia entrado em contato com a secretaria de Turismo e esta nos disponibilizou um local nas margens do Rio Palmares. Quando chegamos no endereço indicado, vimos que a própria Secretaria de Turismo funciona ali. Restava montar as barracas e descansar porque o dia seguinte seria puxado.

Este portanto foi o primeiro dia da expedição, o 12 de novembro. Um sábado.

O despertar no domingo aconteceu junto com o cantarolar dos passarinhos. Quanto mais a claridade nos envolvia, mais percebíamos a beleza do local: o gramado, a mata ciliar e a sinuosidade do rio nos encantou.

A noite não transcorreu com a mesma tranquilidade do amanhecer. Nas proximidades havia um salão de festas e parece que era a noite do Funk. O som da música eletrônica vibrava até dentro das barracas. Mas era hora de desfazer o acampamento e fazer o desjejum. Na sequência preparamos duas bicicletas, apenas o Ricardo e o Joéde iriam pedalar.

Uma fotografia da equipe e chegou hora de partir, a jornada seria longa. Palmares nos deixou saudade, quanto mais saber que existe uma cultura náutica muito antiga na cidade.

Iniciamos o pedal com névoa e o dia seguiu parcialmente nublado. Perfeito para os que ficariam expostos ao tempo. No celta, seguiram o motorista, o Boáz junto com o Roberto e o Jesiel. Sem pressa, os três foram conhecer o parque eólico.

Para os dois ciclistas não restava outra coisa a fazer senão pedalar. Nos três quilômetros de acesso à Palmares enfrentamos o nordestão. Depois uma agradável guinada para a direita e estávamos na BR-101, o vento passou a nos atingir pelo flanco esquerdo: mais ajudava do que atrapalhava. Seguimos...

Retas intermináveis. Logo veio a mente a experiência de 2008, pedalando para o Chuí. A paisagem é a mesma: florestamentos de eucalipto e pinheiros, açuces, lagoas, campos. Paramos apenas para o almoço e de vez em quando para registrar a "criatividade" dos moradores da terra da Solidão.

Os 117km percorridos no dia 13, domingo, representam o nosso recorde para apenas um dia de pedal. Chegamos demolidos em Mostardas, já usando as últimas reservas de glicose. A equipe de apoio já tinha descoberto o Camping Poente para passarmos a noite. O local oferece muitos gramados, um quiosque e banheiros. Preparamos nossa janta e curtimos o entardecer. Há uma beleza cênica no entorno, recomendamos. Ainda trouxemos na bagagem a amizade do o proprietário, o Gilvan Braga.

Para o dia 14 os planos eram outros. Aqui a expedição passou a se distinguir da que foi feita até o Chuí (2008). Deixamos a estrada principal para ir, ora ao litoral, ora até a Lagoa dos Patos. Neste sentido o primeiro destino foi o balneário de Mostardas.

O camping fica do lado oposto. No percurso passamos pelo centro da cidade, ocasião propícia para ver as casas antigas, do tempo dos açorianos e também o museu com muitas peças do tempo da Revolução Farroupilha. Feito os registros, seguimos as placas que indicavam o litoral.

No trajeto nos deparamos com matas de tamanho razoável e zonas alagadas, semelhante a lagoas tomadas por juncos. O último obstáculo são as dunas, o que nos rendeu uma bela fotografia conforme segue.

Fora de temporada, o balneário tem pouca gente pelas ruas, muito vento na praia e poucos estabelecimentos abertos, mais padarias e mercados. Foi o suficiente para o almoço.

Depois o desafio seria descer o auto até a areia mais firme da praia. Um ensaio de atolamento já havia ocorrido na estrada que serpenteia as dunas. Mas não éramos os primeiros a tentar e o caminho já estava pronto. Dali descemos para o Sul, passando pelo Farol de Mostardas e de imediato entramos no território da Reserva da Lagoa do Peixe. Um pouco mais adiante chegamos na emblemática vila dos pescadores, agora abandonada. Para se esconder da fiscalização, guinamos para a esquerda e seguimos até o fim da rua. Por sorte havia uma casa com a porta apenas encostada. Na próxima foto, o nosso rancho para passar a noite.

Havia a nossa disposição metade da tarde, antes de escurecer. Já tínhamos percebido que seria uma noite sem eletricidade. Caminhamos até o campo de dunas mais próximo para curtir a paisagem: além das dunas, a porção Norte da Lagoa do Peixe, para o Nordeste, a visão do Farol já mencionado, na baixada, o vilarejo com nossa bandeira tremulando.

A vila estava agora abandonada e sem eletricidade porque ela está dentro da zona de proteção. Três familias ainda estavam vivendo ali, sustentados pela pesca. Um deles nos disse que na temporada de pesca ao camarão, muitos outros vem de Tavarez.

O metódo atual de pesca consiste em deixar redes esticadas próximas à praia. O movimento das ondas ou repuxo faz com que a rede fique esticada. De tempos em tempos eles vão até a praia com uma Toyota para puxar a rede. O processo acontece lentamente, até que a rede fique estendida sobre a areia. São então retiradas as espécies de peixe que interessa e os não comestíveis são lançados de volta ou abandonados ali mesmo. Siris vem junto. Nem precisa dizer que foi o peixe que compramos direto de "fábrica" a nossa janta, acrescido de um macarrão. A espécie que nos encantou é denominada localmente como Papa Terra. A fotografia seguinte registra o momento do banquete.

O quarto dia da expedição separou a equipe. Três continuaram para o Sul até a barra da Lagoa do Peixe, dois outros iriam retornar pela estrada do Talhamar até Tavarez e então esperar os ciclistas. Aos que pedalaram, foi uma experiência e tanto!

Basta pedalar uns quilômetros que encontramos animais mortos na praia. São golfinhos, lobos marinhos, tartarugas e baleias inteiras. Esticando um pouco a visão para além das ondas vemos os barcos pesqueiros. Dias depois, conversando com nativos de São José do Norte, eles alegam que são os Santa Catarinas que vem pescar ali. Enfim, o brasileiro está longe de adquirir uma consiência de preservação.

A barra da lagoa muda a cada ano de lugar. Nos meses que chove menos, ela deixa de existir, sendo recoberta por areia. Na primavera as chuvas elevam o nível da lagoa, pressionando os pontos mais baixos até o rompimento. No mês de novembro é comum existir o canal e neste caso havia bastante fluxo de água vindo para o mar.

Observamos próximo ao canal um poço. Claro que fomos dar uma espiada. Havia um balde com corda para puxar a água. Provamos: era boa, melhor do que aquela que tomamos na vila dos pescadores. Nativos nos disseram que por ali havia um povoado maior, por isto a existência do poço.

Nos anos subsequentes à esta aventura, foi feito um estudo mais elaborado sobre a Lagoa do Peixe, o qual foi publicado na primeira edição de nossa revista. O leitor pode encontrar ela através do menu superior, onde diz "Publicações" ou então clicando aqui.

A travessia da lagoa é possível somente a pé ou então empurrando as bicicletas. Se não fosse área de preservação, claro que os Jipeiros iriam fazer suas trilhas por ali. Alguns flamingos, na distância, procuravam algo no fundo da lagoa. Do outro lado havia um barranco, entre dunas antigas, já cobertas por vegetação. Dali até Tavarez foi questão de minutos.

Por rádio foi possível fazer contato com a equipe de apoio e assim nos encontramos na praça central para o almoço e comprar alimentos, visto que depois só em Bojuru iríamos encontrar uma venda.

No mesmo dia, o 15 de novembro, feriado da República, rumamos para a Lagoa dos Patos. Novamente o Ricardo, Joéde e Jesiel nas Bicicletas e o Boáz e José foram pela BR-101 até o próximo ponto de encontro.

O Farol que aparece na foto acima é o Capão da Marca. É dito ter sido ganho do governo francês e foi o primeiro da Lagoa. É todo em metal e permanece bem conservado. Está automatizado com energia fotovoltaica, mas serve mais como elemento decorativo da orla do que para guiar navegadores, considerando as tecnologias dos dias atuais. Soma-se a isto o fato de estar em uma enseada e não numa ponta, como é o caso do Farol Cristóvão Pereira.

No percurso passamos por um Sambaqui, mas o dia já declinava e não pudemos nos deter. Em um momento de sorte conseguimos um bom sinal de rádio com a equipe de apoio. Eles tinham encontrado o caminho até a Lagoa e nos esperavam com o acampamento montado. Isto nos deu tempo até para curtir o pôr do Sol. Foi novamente outro pedal épico que jamais sairá de nossas recordações.

No ponto de encontro havia um vilarejo de pescadores, bem povoado. Estes, vivem de pescar na Lagoa. Na interação com os moradores, já coletamos mais informações sobre nosso próximo destino: os nativos o chamam de "Farol Caído"

No quinto dia, o 16 de novembro, quarta feira, levantamos cedo e iniciamos a jornada. Desta vez apenas o Ricardo e o Joéde. O Jesiel cansou deveras no dia anterior. Retornamos para a BR-101 para poder avançar mais rápido. Pela orla, a todo momento, temos que descer da bicicleta para transpor algum obstáculo.

Pelo mapa entendemos que era o momento de retornar para a Lagoa. Perguntamos para os moradores locais e nos indicaram uma passagem, com porteiras o bois soltos. Fomos pedindo licença para os ruminantes e num momento de maior tranquilidade fizemos um clic das plantações de cebola.

De volta à margem da Lagoa encontramos um terreno bom para pedalar. No horizonte já podíamos divisar a ilhota dos escombros do tal Farol Caído. A miragem nos enganou, andamos, pedalamos, paramos para o lanche e nunca chegávamos.

Enfim, passamos pela linha de florestamento e surgiu um campo de dunas na esquerda, tão supreendente quanto os de Mostardas. O Pontal do Bujuru ia se revelando como um dos locais mais bem preservados do RS, mesmo não sendo uma reserva.

Quando cessou as praias vieram campos e alagados repletos de juncos. Já fazia tempo que não passava ninguém por ali, no entando era possível identificar a trilha dos Jipeiros. Nos pântanos, seria que não tinha jacarés? O jeito era avançar!

Enfim chegamos no objetivo, a ilhota lá no fundo. Teríamos que levar até lá a bandeira e a câmera, em segurança. Avancei lentamente para não tropicar. A água chegou até o peito, mas depois foi se tornando mais razo até que comecei a pisar sobre tijolos e pedras oriundos da alvenaria.

A foto que segue é do site Popa.com e nos dá uma ideia do que era o Farol do Bojuru antes da queda. A foto seguinte mostra o que ainda resta, tudo revolvido. Uma figueira está crescendo junto dos escombros.

Uma pesquisa sobre os Faróis da Lagoa já foi desenvolvida e consta na Revista Hermomt já mencionada. Nela é possível encontrar as datas de construção e da queda. O certo é que há muita história envolvendo estes lugares, e a maior parte já foi perdida, infelizmente.

Seguimos para o Sul em direção à Barra Falsa e qual a nossa surpresa em encontrar uma sequência de cenários de tirar o fôlego. Primeiro as tradicionais figueiras.

Neste momento pensamos que íamos encontrar muitos animais, porém isto não aconteceu. Encontramos sim vestígios de barracas entre as árvores, sinais de acampamentos. Os moradores da última vila que visitamos disseram que vinham até o lugar para caçar Capivaras.

Na sequência uma praia com coqueiros. Também é possível divisar formações escuras mescladas com a areia. São Turfas. As emcontramos novamente no Farol Conceição.

Estava chegando no fim do trajeto possível pela orla. Na sequência veio a abertura da Barra Falsa. É assim denominada porque se trata de um canal que adentra o istmo e vai até o vilarejo. Outrora pode já ter sido um canal que conduzisse ao Oceano. Tivemos que atravessar um alagado com água pelo peito. A mochila com os eletrônicos foi na cabeça. Depois retornamos para levar as bicicletas.

Ainda na travessia dos alagados, percebemos o quão piscoso é o local

Nos poucos sinais de rádio que tivemos com a equipe de apoio, nos disseram que não podiam vir ao nosso encontro. Nos aguardavam em Bojuru. Passamos por uns cilos e seguimos costeando o canal da Barra Falsa. As forças estavam se esvaindo.

No pequeno povoado, distrito de São José do Norte, nos estabelecemos em um terreno baldio. Perto havia uma lancheria, limpa e nova, onde comemos uma à la minuta para recompor as energias. Este foi o dia em que mais cansamos em todas as jornadas que fizemos até então. Bem mais do que quando pedalamos 117km dias antes. Isto se deve, principalmente, pelos longos trechos que tivemos que empurrar as bicicletas.

O sexto dia de jornada amanheceu mais uma vez radiante. Era quinta feira, dia 17.

No seu período por Bojuru, sem muito o que fazer, o Boáz fez amizades, conheceu o vilarejo, cativou crinças, cachorros e visitou a Igreja na noite anterior.

No sexto dia foi o primeiro que todas as 4 bicicletas foram para a estrada. Na foto a seguir, estamos saindo do Bojuru e retornando para a BR-101.

Foram só 3km de asfalto e já guinamos para a esquerda. O Boáz seguiu reto, mas nós fomos para o Balneário do Bojuru, 4,75km de estradas de areia.

Nenhuma estrutura no local, apenas meia dúzias de casas. Não nos detemos e já rumamos para o Sul.

O trecho é inóspito, desértico. Compensou pela transparência da água, num dos poucos momentos que entramos na água.

Mais um Farol caído, o da Conceição. Segundo alguns estudos realizados na área, neste ponto a praia está regredindo. Com a perda de material, estão surgindo afloramentos de Turfas e Arenito do Pleistocênico.

Segundo a FURG, aqui temos um claro exemplo de erosão costeira. O Farol de alvenaria caiu após uma tempestade, em 1993. O farol provisório que foi posto em substituição, já se encontra também em risco de ser engolido pela ressacas.

Encontro com uma foca. Elas vem até a praia para descansar ou porque estão doentes. Fazem longas travessias.

Nosso próximo ponto de encontro foi na Barra do Estreito. Ali desemboca no mar um curto arroio que vem de uma grande lagoa sem nome. Gastamos o resto da tarde do dia 17 curtindo o local e a paisagem.

Estreito é portanto uma lacalidade do interior de São José do Norte e deve o seu nome aos apenas 6km que separam a Lagoa do Oceano neste trecho.

A tentativa de pescar peixe não trouxe resultado. Pescamos Siris. No entardecer cozinhamos eles numa panela e pudemos aproveitar a "carne" que há na carapaça. Foi mais por causa da experiência.

Como de costume, de noite arrefeceu o vento e amanheceu a sexta feira com tudo parado. Era o dia 18.

Lugar paradisíaco.

O mar que segue até São José do Norte é o Mar Grosso. Leva este nome por suas ondas agitadas. Para nós soprou o nordestão e voamos no "lombo" das bicicletas. Foi neste trecho que, após ingerir uma barra de chocolate, consegui fazer uns 8km mantendo uma velocidade constante de 22km/h

Embarcação naufragada, já próxima ao balneário de São José.

Almoçamos no Balneário de São José do Norte. O restaurante, único em funcionamento, servia frutos do mar. Apenas eu almocei ali, os outros preparam algo de improviso. Nas paredes internas, várias pinturas retratando a ligação do homem com o mar. Também chamou a atenção um breve histórico do farol Atalaia, o primeiro a ser construído na entrada da Lagoa. Ele era alimentado com lenha, até que se passou a usar o óleo de baleia.

Seguimos para o molhe leste onde haveria o pernoite. Achamos umas construções de alvenaria e escolhemos uma que estivesse mais abrigada do vento. Tomamos conta.

Quando alguém se prontificou a ficar cuidando da "casa" outros se prolongaram ao longo do molhe para ver os lobos marinhos.

O Boáz ficou na metade do caminho pescando. Pescou alguns peixes pequenos. Pescar neste costado com anzóis é pedir para eles ficarem trancados nas pedras. Mais perda do que ganho.

O Porto de Rio Grande é bem movimentado e está preparado para receber grandes navios. Algumas plataformas de exploração de petróleo também foram fabricadas ali.

Por fim, chegou o dia 19, sábado, dia de encerrar a expedição. Seguimos do molhe para a cidade. No percurso passamos pelo dito farol Atalaia.

Estando na cidade, e com tempo, fomos conhecer seus pontos turísticos. Alguns foram para o interior da Igreja, outros para as praças e postos de venda de peixe.

Chegando o horário de empacotar as bicicletas novamente, conferimos o velocímetro para ver o tanto que tínhamos pedalado. Foram 384 quilômetros.

Desde Palmares do Sul que eu e o Joéde fizemos todo o percurso com as bicicletas. Ora pedalando, ora carregando elas, nos trechos mais complicados.

Concluimos o relato no vídeo que vem na sequência. Obrigado por nos acompanhar até aqui.